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Carbono

Elemento presente em todas as moléculas orgánicas, de maneira total, é o átomo da bioquímica, da vida macro e microbiana conhecida. O carbono é encontrado na natureza alternando formas orgánicas e inorgánicas e tão diferentes em aspectos e formações como o carvão mineral, o diamante (mineral de maior dureza conhecida), diferentes sais carbonatadas, precipitadas, solúveis, formas de síntese como o grafeno, formação que oferece a máxima condutividade elétrica conhecida pela comunidade científica.

Para fins de nutrição e relacionamento com as plantas, vale destacar a presença do C:

  • Na atmosfera, na forma de gás CO2. O reino vegetal, especialmente diferenciado do reino animal por sua capacidade de gerar seu próprio alimento, tem a capacidade de fixar o carbono atmosférico obtido pela respiração (CO2 atmosférico) e a contribuição energética luminosa solar (mecanismo autotrófico). Este carbono fixado pelo reino vegetal pode ser consumido pelo reino animal (organismos heterotróficos) para crescer e formar sua própria matéria orgânica. Assim são obtidos os hidratos de carbono e as proteínas, e se libera o O2 na atmosfera, e por isso, de certa forma, a importância de manter a superfície vegetal do planeta para minimizar o efeito do GEE, em particular altas concentrações de CO2 atmosférico.
    Assim, pode-se dizer que o carbono e a sua dinâmica bioquímica são responsáveis pela pirâmide alimentar e pela dependência entre todos os organismos vivos.
  • No solo: na forma de gás CO2, na forma de carbono orgánico e carbono inorgánico. A importância do carbono orgánico (carbono existente na matéria orgânica) e as propriedades físicas e químicas que ele traz para o solo merecem uma menção especial. Com relação à primeira decomposição (física) da matéria orgânica, confere uma melhor estrutura, ou seja, a formação e coesão do perfil do solo. Também é acompanhado por uma maior capacidade de retenção de água e aeração.

Estas propriedades benéficas estão relacionadas às conseqüências químicas, na medida em que aumenta a capacidade de troca catiônica do solo, a formação de complexos com diferentes macros/micros e a disponibilidade de nutrientes no ambiente radicular da planta. A matéria orgânica como agente prebiótico também contribui a uma maior dinâmica microbiana, em muitos casos, com claro impacto positivo no processo de liberação de nutrientes.

Pode-se dizer que a forma e a distribuição que a raiz faz no solo obedece a uma adaptação evolutiva para se adaptar à estrutura, composição e concentração dos nutrientes nos primeiros horizontes do solo, aspectos todos condicionados pelas moléculas C, orgánicas e inorgánicas. É assim que o sistema radicular desempenha suas principais funções, nutrição, absorção de água e fixação física ao meio ambiente.

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